sábado, 25 de setembro de 2010

Dias...

Tenho dias que caio na realidade e que tenho a noção do quanto ridículo isto pode ser. 
Do quanto parva, idiota, burra, consigo ser comigo mesma. Só eu é que não percebo, só eu é que não consigo ver, só eu é que me iludo. 
Se ao menos ainda tivesse razões para tal, se ao menos ainda tivesse algum motivo que me levasse a acreditar, até compreenderia esta minha posição. 
Não admito que me digam para sair deste sonho, não admito que me digam que só eu é que não percebo, não admito que seja só um sonho. 
Tem dias em que acordo e digo-me: BASTA, tudo tem um limite. Tu não precisas disto, és muito mais que isto. Mas depois há uma sms, um telefonema, uma conversa, algo que não é nada mas que acalenta o sonho. Algo que sem intenção faz com que o sonho continue e não pare. 
Ás vezes sinto que só nesse sonho é que me encontro, no entanto, tenho a noção que é quando menos sou  eu, sou outra pessoa. 
Vivo num sonho, numa ilusão mas depois tenho dias em que sei que não passa disso, em que sei que nada vai mudar. Ou seja, eu é que tenho de sair deste sonho. 
Agora pergunto: como é que se sai de um sonho onde nos sentimos bem, mas que temos a noção da dura realidade, que não passa de um sonho. Até que ponto o ser humano vive no seu sonho?
Tem dias em que não me apetece sonhar mais, tem dias em que só me apetece deixar de sonhar. Sonhar faz-me sentir viva, sonhar faz-me sentir o coração a bater.
Tudo tem dias, hoje não sonho, simplesmente vivo  e tu não fazes parte da minha vida, infelizmente...

9 comentários:

  1. Como dizes ao sol para não brilhar nos dias mais quentes do verão, ou como dizes ao vento para não soprar nas tardes de outono? Tudo tem uma razão de ser.
    O sonho ajuda o homem a manter consigo aquilo que lhe falta na realidade. Por vezes a realidade afecta o sonho, mas o sonho ajuda para que se mude a realidade.
    Vive a vida, seja ela com bons ou maus sonhos, mas não os deixes que te comandem, ou acabas não tendo aquilo que sonhas e com uma realidade mais dura que a tens.

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  2. Sonha.
    Mas com a tal dose de real...
    (Para que haja um certo equilíbrio.)

    (Deixar de sonhar é ser-se uma casca sem sangue ou respiração. É não se deixar surpreender com nada - especialmente, com o que de bom ainda existe.

    É conformação, resignação. Um fraco sopro de existência. Porque, ao não te permitires sonhar, recusas as pequenas coisas mágicas. Recusas-te a sorrir (ou sorris menos, for sure). E a ousar. Recusas-te a ousar.)

    Tenho a certeza que tu, a Gaja, por muito que tentes, não conseguirás nunca deixar de sonhar realmente.
    É que tens algo de travesso e inquieto em ti que não dá descanso (:

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  3. =x adorei o texto está mesmo muitoo bonito =´)

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  4. Gostei do post!
    E do que depender de mim, ele "o bichinho" vai cá estar sempre dentro!
    E é obvio que vou contar mais das minhas aulas!

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  5. Sonhar não faz mal... ter sonhos é acreditar que algum dia tudo poderá ser melhor!

    Beijo***

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  6. Que seria de nós sem os sonhos?
    Também já me senti assim e optei por continuar a sonhar. Até se tornar realidade...
    Beijos

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  7. Ui que podia ser eu a ter escrito este post!
    Perguntas tu "Como é que se sai de um sonho onde nos sentimos bem, mas que temos a noção da dura realidade, que não passa de um sonho?" Pois olha, não sei, nisso não te consigo ajudar porque tmabém ainda não encontrei essa resposta. Mas subscrevo quando dizes que não venham com as conversas do costume de sairmos desta espiral. Isso já nós sabemos, não é isso que precisamos ouvir. Provavelmente nem precisamos ouvir nada, precisamos é que nos ouçam a nós. Enquanto isso resta-te fazer com que a cada dia que passe sejam cada vez mais os momentos em que tu sejas apenas tu e não sejas outra pessoa.

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