terça-feira, 22 de outubro de 2013

Daquilo que se gosta


Em tempos, numa daquelas conversas com uma colega minha, ela dizia-me: que trabalho nunca se gosta, trabalho é trabalho e coisas que gostemos de fazer não são trabalho. Eu discordei na altura e discordo hoje. 
Há pessoas que se realizam profissionalmente e que realmente gostam do que fazem mas não é por isso que deixa de ser trabalho. 
Eu, quando faço realmente o que gosto, como ontem que passei 8h agarrada a um fogão e a um forno a fazer  que gosto, senti-me cansada e cheia de dores por estar tanto tempo de pé e a maioria das vezes com uma má postura. Esqueci-me de almoçar e de lanchar e quando acabei aquilo que me tinha proposto senti-me realizada acima de tudo, mas também me sentia esgotada e cansada como me sinto depois de um longo dia de trabalho no boteco. 
Para mim a maior diferença é o sentir-mo-nos realizados, quando nos sentimos realizados todas as outras dores são inferiores, doem de uma forma diferente. Para mim é isso, há o trabalho que se faz porque precisamos de ganhar dinheiro e aquilo é que nos paga as contas ou então fazemos aquilo para que nascemos e ganhar dinheiro é secundário, a realização é a principal causa. Um dia vou trabalhar só para me sentir realizada. Ainda não é hoje mas será um dia...

3 comentários:

  1. Não poderia concordar mais! Mas acho que muito poucas pessoas pensam assim...

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  2. É óbvio que podemos gostar do nosso trabalho, eu adoro o meu, tem dias que me apetece mandar tudo às favas, gostava de ganhar mais, mas apesar de tudo adoro o que faço.

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