Às vezes pergunto-me se nos dias que correm as pessoas ainda amam…
Pergunto-me se ainda gostam daqueles pequenos defeitos que fazem de nós o que somos… Se ainda se desejam… Se ainda querem amar… Se querem aquele aconchego… Se querem alguém ali que não se questione o porquê de estar ali, simplesmente está porque o seu coração diz que é ali que deve estar…
Sei que pareço doida por isto, mas o amor faz-me alguma confusão ao sistema nervoso. Possivelmente sou mais uma daquelas pessoas frias que não amam com medo de serem magoadas. Ou que já foram tão magoadas que têm medo de se magoar outra vez.
Simplesmente o amor assusta-me, mas não é por isso que não quero amar e ser amada. Se tenho medo que me magoem, tenho, mas é um risco que estou disposta a correr.
Agora o que não entendo é aquelas pessoas que dizem amar, amar como se o mundo fosse acabar, pregam aos sete ventos que amam aquela pessoa, que são os melhores dias das suas vidas e que passado um mês o amor acaba e que é tão simples como apanhar o próximo que por acaso está ali ao lado.
Não acredito que haja um tempo mínimo ou máximo para nos curarmos de um desgosto de amor, mas também, não acredito que quem ama de verdade se possa apaixonar na semana a seguir. Faz-me alguma confusão estar aqui a dizer que amo um gajo qualquer hoje, mas daqui a uma semana dizer que afinal amo aquele ali do lado.
Acho que o amor é mais do que isso, se já amei um dia não sei… espero que esse dia chegue e que ainda não tenha passado porque quero amar de verdade… agora se vou gritar a sete ventos que amo uma pessoa, pelo menos que seja sincero, verdadeiro e único. O mundo não precisa de saber se tenho ou não namorado, se estou com alguém ou não, mas acho que nos dias que correm o mundo precisa de saber dos amores de verdade. As pessoas hoje não amam apesar de o dizerem muito mais do que se dizia no passado.
Antigamente casavam por obrigação, porque era destinado e tinham de partilhar a vida muitas vezes com um desconhecido o que originava a casamentos baseados em amizades e traições.
Agora, as pessoas casam por diversão, para mostrarem à sociedade que se amam, mas à mínima adversidade separam-se e é assim que o amor acaba.
Eu quero amar, mas quero que seja mesmo amar. Se estou a exigir demais? Estou ,mas não estou aqui por menos.