Todos os dias oiço falar do amor. Amor para lá, amor para cá. Esse bendito sentimento é uma constante nas nossas vidas. Há pessoas que lhes dão valor, outras nem por isso.
Eu talvez pertença ao grupo do nem por isso, não sei bem. Claro que gosto de várias pessoas que estão há minha volta. Obviamente que amo a minha família, uns mais que outros, mas sem eles é como se faltasse algo. Também amo os meus amigos (as), sem nenhum motivo especial, sendo que todos eles (as) são especiais.
Mas amar outra pessoa, a quem seria capaz de dar tudo e fazer tudo, acho que nunca o fiz. Já senti muito carinho, paixão, amizade, um género de amor mais soft, por pessoas que passaram pela minha vida.
Mas amar, amar no sentido lato da palavra, acho que nunca amei. Já gostei muito, mas mesmo muito. Capaz de fazer os maiores sacrifícios e parvoíces que se possa imaginar mas acho que nunca amei verdadeiramente e unicamente alguém.
Sinceramente, também não sei bem se o quero fazer.
Vejo tanta boa gente desperdiçar esse sentimento por umas escapadelas ou por umas loucuras que me faz ter medo desse sentimento no seu todo.
E se um dia eu amar verdadeiramente alguém e essa pessoa me magoar de uma forma irremediável. De forma a que fique para sempre aquele vazio?!? Que se faz numa situação destas? Finge que se vive, morre-se por dentro, ou deixa de se viver?!?
Epah não sei não se alguma vez me vão apanhar nessa teia de sentimentos que é o amor. Voltas e voltas e tenho sempre o pé atrás nessas coisas de me entregar a outro alguém totalmente. Acho giro e fofo, o amor é todo cutxi cutxi mas assusta-me. Amar não é o mesmo que desejar, amar é simplesmente amar no seu todo não se importando com o que nos rodeia. É viver com alguém no nosso coração e cabeça. É entregarmos-se de alma e coração... e não sei se quero entregar o meu coração assim de mão beijada a alguém...
E voltas e voltas e voltámos ao mesmo, coração de pedra.