sábado, 8 de setembro de 2012

Da austeridade

Lixa-me só assim um bocadito ficar a saber que vou passar a descontar mais 7% do meu ordenado quando ainda esta semana, em reunião de empresa, fiquei a saber que tenho de trabalhar ainda mais.
Começo a achar que as coisas estão a ficar descontroladas neste país, pois ou cria-se empregos para haver mais pessoas a trabalhar e menos a reeber subsidios ou então tenho a dizer que estamos na merdinha. É que o primeiro ministro tem de entender que cada vez somos menos a descontar e mais a receber e garantidamente que assim não vamos a bom porto.
Ainda há tempos, num daqueles jantares regados a alcóol eu dizia que concordava com algumas (cada vez menos) 'regalias' que os trabalhadores têm, nomeadamente o facto de termos direito a 12h de pausa entre cada turno de trabalho igual ou superior a 8h. No meu trabalho, isso não acontece. Ainda este Domingo vou sair daqui pela 1h da madrugada e volto a entrar logo de manhã. E eu reclamo, digo que não o quero fazer porque vou andar em estado zombie mas o meu patrão não quer saber. É em nome do sacrificio para a empresa dele. Sinceramente não acho que seja uma regalia mas sim um dever do patrão em nos dar as merecidas horas de pausa. A resposta que amigos meus me deram foi que eu devia era tar feliz por ter trabalho e que se estou mal que dê a minha vaga a alguém que não se importe com tal facto.
Eu até entendo que há muita gente a querer trabalhar e não tem, mas porra, o tempo de escravidão já lá vai e acho que abdicar-mos dos nossos direitos é estarmos a regredir bastante.
E com isto acho que cada vez mais está implicita a minha opinião aos planos de austeridade. Afinal o sector público queria que nós sofressemos na pele o que eles sofrem e eu continuo a dizer que quero as mesmas regalias que eles...

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