sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

A minha opinião sobre as praxes

Ontem há noite vi o Prós e Contras porque ainda não tinha tido oportunidade de ver. Achei, no mínimo, interessante, que dos representantes das Universidades que lá estavam todos tenham dito que nunca viram tal praxe acontecer como o documentário Praxis apresenta. Ainda gostei mais quando falou aquela representante da Universidade de Faro. Oh minha grande labrega mas tu frequentas mesmo o campus? Tu alguma vez entraste pelos portões da Universidade do Algarve em tempos de praxe? Façam esta miuda chegar a mim sff que tenho prazer em lhe espetar uns belos tabefes nas ventas pela mentira que ela deu lá no programa. 
Eu sei do que falo porque eu frequentei a Universidade do Algarve e acabei o meu curso em 4 anos. Sei o medo que se sente e a pouca vergonha que é patrocinada pelas praxes. Quando entrei, amigas minhas já tinham passado por isso, e sabendo como sou torta e não gosto que me tratem como merda ambulante avisaram-me logo para ir calma e não levantar ondas e nunca me declarar anti praxe. 
Por mim tinha-me declarado anti praxe. Não gosto da praxe e acho que há mil formas bem melhoras de integrar alguém do que pintar-lhe a cara toda como tintas de merda, porém lixo na cabeça e fazerem-te fingir orgasmos e sexo e tirarem-te a roupa interior para cima da outra, etc e tal. E ainda posso dizer que aqui no campus da Penha as coisas são mais suaves, porque aqueles cursos das pescas nas Gambelas chega a ser medonho...só o cheiro é coisa de me levar a esfregar o corpo com lixívia. Mas temos que ter sempre em consideração que a maioria das praxes acontece dentro do recinto do campus, e que a recepção ao caloiro é patrocinada pela Associação Académica. 
Mas continuando, eu só fui a uns 3 dias de praxes. Achei que aquilo não era para mim. Eu estava na minha cidade, tinha os meus amigos aqui perto e não estava para levar desaforos para casa de umas malucas que acham que têm o rei na barriga. Por acaso, no meu curso até tínhamos umas académicas muito calmas e nossas amigas. Eram umas bacanas, mas eu só as conheci depois. Mas por elas serem bacanas continuo a não achar piada às praxes ou ao que elas nos mandavam fazer. Entretanto acabei por ter madrinha e fui madrinha. Não quis saber muito quando era a minha vez de praxar. Andei por lá mas nunca exigi que fizessem grande coisa além de defenderem o curso aos gritos. Se têm voz, que a usem. Eu acaba por gritar mais alto que as minhas caloiras e fazia a festa sozinha. Tive 2 afilhadas mesmo quando não esperava por isso. Não gostei das praxes e as minhas colegas que, supostamente, gostavam, ainda há pouco tempo num desses jantares de convívio acabaram por admitir que odiaram e que só o fizeram porque fizeram a elas também.
O que eu concluo das praxes é que aquilo é um ciclo vicioso. Se me fizeram assim eu vou fazer pior. Vejo pela minha sobrinha que há 1 anos que guarda restos de comida para por na cabeça dos caloiros dela porque a ela fizeram o mesmo. Comida podre e com quinhentas mil bactérias. Se acho isto correcto, não acho. Mas é como ela diz, se eu sofri os outros sofrem também. 
Acho ainda mais vergonhoso é ninguém ter tomates para assumir que fazem o que apareceu nas imagens e pior. É dizerem que aquilo nunca aconteceu, é por um pano por cima dos acontecimentos. Acontece sim, bem pior do que apareceu no documentário e acabem com esta fantochada de uma vez por todas.

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