Lets talk about maternity

 Aquelas coisas que só pensamos que acontece aos outros. Ups, Estou Grávida!! E agora?!?

Pois é 2021 acaba com uma promessa que 2022 será um ano com uma nova grande aventura. Se é que posso chamar a um filho de aventura...

Para mim é um mundo novo. É todo um mundo novo. Não percebo nada de bebés. Aliás eu nem punha em equação estar grávida agora. Passei 3 meses inocentemente a pensar que estava a regredir na depressão, que estava a engordar que nem um cachalote, que estava diabética, que estava a entrar em exaustão e afinal nada disso, apenas tenho um pilas a crescer dentro de mim. 

Sim, nos primeiros meses fiz muitas asneiras mas nem colocava a hipótese BEBÉ em cima da mesa. Mas ele cá está, já de 19 semanas e a tentar ter os cuidados todos que não tive inicialmente. 

Desde dia 5 de Novembro que a minha vida mudou. Mudou para melhor disso não tenho a menor dúvida, mas com muitas dúvidas e com muitas angústias. 

Constantemente dou comigo a panicar por tudo e mais alguma coisa. Não sei como as mães conseguem passar por todo este processo. 

E chorar pessoas, nunca chorei tanto na minha vida como agora. Choro porque sim, choro porque não, choro baba e ranho.

E enjoos, meu Deus, não sei até quando aguento com tantos enjoos. Não é quando acordo, mas sim o dia todo. E os xixis, não saio do wc desde Agosto. 

Enfim, faltam 5 meses e não sei como vou aguentar esta ansiedade...porque o resto tudo se aguenta mas a ansiedade é um osso duro de roer.

Os números que são pessoas

Hoje  em  dia,  em  qualquer  empresa  nós  somos meros   números  e  não  pessoas.  Somos  números  que  produzem  e  que  têm  de  mostrar  resultados.  Quando  te  dão  uma  tarefa  e  um  objectivo  e  quando  o  alcanças,  entregam-te  logo  outro  objectivo  mais  elevado  e  outra  tarefa  mais  árdua.  O  mundo  de  trabalho  hoje  em  dia  é  uma  competição  aberta,  visível  a  quem  te  rodeia.  Todos  ambicionam  o  que  tu  fazes,  a  tua  posição  e  todos  te  estão  prontos  a  passar  a  rasteira.  Hoje  não  interessam  as  pessoas,  interessam  os  números,  os  resultados,  o  lucro.  Mesmo  que  isso  não  dependa de  ti.  Mesmo  que  haja  inúmeras  situações  que  tu  não  podes  controlar  tal  como  esta  pandemia  que  estamos  a  a  passar  neste  momento.
O  pior  de  tudo  é  que  quando  não  correspondes  às  expectativas  da  empresa,  o  teu  numero  tem  de  ser  aniquilado,  mas  não  pela  empresa,  porque  esta  tem  de  ficar  sempre  com  a  imagem  limpa.  Somos  nós  os  números  que  temos  de  abraçar  novos  projectos  e  sair  com  um  burnout  por  tudo  aquilo  que  te  exijam,  mesmo  que  o  que  te  exigem  seja  contra  a  condição  humana.  A  tua  vida  passa  a  ser  um  inferno  até  tu  não  aguentares  mais  e  seguires  em  frente  para  um  mundo  de  descoberta  e  cheio  de  incertezas.  Infelizmente  é  isto  que  acontece  nas  grandes  ou  pequenas  empresas...
Somos  números  e  não  pessoas.  Somos  objectos  que  quando  fazem  parte  do  contexto  ficam  bem  ali,  os  mantemos  e  quando  já  passou  de  moda  descartamos  de  formas  desumanas  ou  fazem  para  que  nós  é  que  deixemos  de  ser  a  pedra  no  sapato  deles.
O  número  tal  foi  abraçar  um  novo  projecto....

A vida é uma incógnita

Ou  se  é,  há  uns  anos  conheci  uma  pessoa  que  eu tinha  idealizado  como  perfeita.  Era  aquilo  que  eu  sempre  tinha  procurado  de  todas  as  formas,  fisica  e  psicologicamente.  Eu  era  louca  por  ele,  ele  nem  por  isso.  Andava  ali  naquela  forma  do  não  como  mas  também  ninguém  come.  Claro  que  acabou  em  alguns  beijos  e  coisas  fugazes  e  eu  acabei  lavada  em  lágrimas  porque  enfim. 
Hoje  em  dia ,  devido  aquele  cujo  o  nome  não  pode  ser  pronunciado,  e  por  estarmos  em  situações  diferentes  mas  parecidas  voltámos  a  falar.  A  historia  já  tem  mais  de  10  anos  e  não  tem  por  onde  se  lhe  pegue  mas  já  me  ri  tanto  com  ele  que  nem  sei.  Não  gosto  dele  dessa  forma  louca  que  já  gostei,  mas  guardei  um  carinho  de  amigo  por  ele  e  acho  isto  tudo  hilariante. 
Aprendi  também  que  não  é  por  te  mandarem  uma  mensagem  todos  os  dias  a  desejar  bom  dia  que  a  pessoa  realmente  pensa  em  ti.  É  só  um  habito,  uma  daquelas  coisas  do  não  come  nem  deixa  comer...

Às vezes, mas só ás vezes eu pergunto-me...

Se  eu  desaparecesse  um  dia,  ou  dois,  ou  três  ou uma  semana,  quanto  tempo  levariam  as  pessoas  a  dar  pela  minha  falta?

Daquelas coisas que me fazem mesmo muita confusão

Não  entendo  porque  raio  há  pessoas  que  passam  o dia  a  publicar  as  recordações  do  facebook.  São  recordações,  tal  como  a  palavra  diz,  é  para  recordar  e  não  voltar  a  publicar....isto  a  mim  soa  a  falta  de  algo  interessante  para  publicar  e  se  assim  for,  então  não  publiquem  nada.  Não  me  interessa  ver  o  que  a  pessoa  andou  a  fazer  há  10  anos  atrás.

Juro que admiro mesmo muito certo tipo de pessoas

Aquelas  pessoas  que  têm  uma  vida  normal  confinadas  entre  quatro  paredes.  Que  acordam  cedo,  preparam um  enorme  pequeno  almoço  recheado  de  coisas  saudáveis.  fazem  exercício  físico  seja  ele  qual  for,  fazem  uma  bela  iguaria  para  o  almoço  e  continuam  a  fazer  coisas  úteis  durante  a  tarde,  tal  como  arrumar  livros  por  cores  ou  por  ordem  alfabética ou  até  mesmo  passar  a  ferro.  Depois  de  uma  tarde  super  ocupada  ainda  se  permitem  ao  luxo  de  fazer  um  menu  completo  ao  jantar  e  só  depois  é que  vão  alampar  o  rabo  no  sofá  a  ver  um  filme.
Só  eu,  estou  dormir  4hrs  por  noite  e  não  faço  a  ponta  de  um  corno  durante  o  dia.  Quem  é  que  disse  que  fazer  o  que  quer  que  seja  é  divertido.  Já  me  basta  existir!!!!!!

Das coisas da vida

Quem  me  conhece  sabe  o porquê  de  eu  estar  tão  em  baixo  e  pode  parecer  que  sempre  roda  em  torno  de  problemas  sentimentais.  Mas  na  verdade,  os  meus  problemas  são  mais  que  corações  partidos. 
Nem  tudo  gira  em  torno  de  sentimentos  amorosos ,  na  versão  homem  mulher.  Deve-se  a  problemas  com  o  meu  pai,  deve-se  a  ter  perdido  uma  das  pessoas  mais  importantes  para  mim  quando  era  muito  nova  e  ter  entrado  num  estado  depressivo  muito  elevado,  deve-se  a  sentir-me  sempre  como  algo  sem  valor,  e  a  acumular  a  tudo  isto  trabalhei  sempre  a  dar  o  meu  melhor  e  a  fazer  tudo  para  que nesse  campo  as  coisas  corressem  bem  e  acabei  por  entrar  em  burnout. 
Neste  momento  o  meu  cérebro  é  uma  papa  que  nem  dá  para  ser  consumida.  Estou  esgotada  psicologicamente,  não  me  consigo  concentrar  em  nada,  por  mim  dormir  24  sobre  24 horas.  Os  dias  não  têm  horas  para  nada,  almoço  à  hora  de  jantar,  janto  de  manhã.  Sinto-me  sem  força  de  continuar  a  lutar  por  algo  que  não  sei  se  voltará  a  ser  normal.  O  meu  eu  normal.
Depois  juntamos  a  isto  o  facto  de  nenhum  homem  com  dois  dedos  de  testa  ter  paciência  para  isto  e  aquilo  que  achávamos  por  garantido  afinal  não  passa  de  uma  miragem. 
É  assim  a  vida,  bola  para  frente.  Um  dia  vou  conseguir  voltar  a  usar  o  meu  cérebro,  vou  voltar  a  ter  uma  vida  normal.  Vou  voltar  a  ser  eu  e  a  rir-me  horas  seguidas...  as  saudades  que  tenho  daquela  miúda  que  se ria  durante  horas  por  meras  parvoíces.  Os  amigos,  aqueles  verdadeiros  continuam  aqui  a  dar  força  e  a  puxar  por  essa  miúda, a  família  continua  aqui  a  puxar  todos  os  dias  mas  também  não  é  fácil  para  eles  assistirem  a  tudo  isto  e  eu  sinto-me  tão  mal  por  os  fazer  passar  por  isto.

O que tem de ser tem muita força...mas o que não tem de ser ainda mais força tem

Esta  coisa  da  quarentena  forçada  tem  muito  que  se  lhe  diga.  Há  os  que  se  aproximam  e  os  que  se  afastam.  Há  os  que  tentam  estar  presentes  das  mais  variadas  formas  e  há  os  outros...  Nada  podemos  fazer  quanto  aos  outros. 
O  amor  é  um  bicho  papão  que  chega  assim  sem  darmos  por  ele  e  que  um  dia  se  vai  embora  deixando  um  vazio  no  nosso  peito.  Associamos  sempre  o  amor  ao  coração ,  mas  na  verdade  o  coração  não  passa  de  um  órgão  vital  que  nos  bombeia  o  sangue  e  nos  faz  continuar  vivos  dia  após  dia.
Quem  diria  que  é  possível  sentir  tal  aperto  no  peito,  como  se  nos  tivessem  ferido  esse  tal  órgão  vital  e  neste  momento  a  sua  função  fosse  apenas  a  de  nos  manter  à  tona. 

Ainda falam das mulheres...

Tenho  tido  demasiado  tempo  para  pensar.  Até  tempo  demais,  por  isso  voltei  a  este espaço  adormecido. Tenho  pensado  no  passado.  Estou  a  acertar  contas  com  ele,  com  o  que  posso,  pois  há  coisas  que  não  posso  mais  mudar  ou  resolver.

No  entanto,  percebi  que  por  vezes  não  fui  clara  o  suficiente,  talvez  se  deva  ao  facto  de  ser  tímida  e  não  conseguir  dizer  os  meus  sentimentos  em  voz  alta. Ok,  na  maioria  dos  casos  a  culpa  pode  ser  minha,  pode  ser  por  mera  parvoíce  minha,  até  compreendo.

Mas  declarei-me  à  pessoa  que  gosto  (tipo  à  antiga,  sim  eu  sei  que  isso  está  fora  de  moda),  abri  o  meu  coração de  uma  forma  intima  mas  clara ,  ao  que  ele  me  responde:"foste  tu  que  escreveste  isto?"

Foda-se,  pode  não  gostar  de  mim,  pode  não  querer  nada  de  mim,  é  livre  disso  e  nem  sempre  temos  que  corresponder  ao  que  os  outros sentem,  mas  não  podia  ter  dito  outra  coisa?!!?

Quando  é  que  eu  vou  crescer?

O ying do meu yang

Descobri  numa  dessas  publicações  manhosas  que  se  vê  por  esta  internet  fora  que  o  meu  par  ideal  será  alguém  do  signo  caranguejo.  Eu  não  conheço  ninguém  caranguejo.  A  partir  de  hoje  só  quero  dates  com  peeps  que  sejam  caranguejo.  Primeira  pergunta  de  engate:  Qual  é  o  teu  signo?

Sei que sou uma pessoa fria e sem sentimentos mas esta dúvida assola os meus dias

Todos  os  dias  se  falam  do  número  de  mortes  por  causa  daquele  cujo  o  nome  não  deve  ser  pronunciado.  Se  não  estou  em  erro,  não  sou  uma  fonte  muito  fidedigna,  já  vamos  perto  de  200  mortes  em  Portugal  por  causa  daquele  cujo  o  nome  não  deve  ser  pronunciado. 
Agora  a  minha  pergunta  macabra,  aquela  que  não  me  deixa  dormir  e  que  me  tira  o  sono  que  os  comprimidos  me  dão:  quantas  pessoas  morreram  no  mesmo  espaço  de  tempo  de  outras  causas?